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Textos
 
O peso de uma estrutura que remete à identificações com formas orgânicas, formas primitivas que habitam o nosso imaginário, porém com a leveza de uma solução precisa, que, de imediato, conquista o espectador. Elegância e inteligência trazendo uma outra discussão para a escultura, onde o volume maciço é substituido pelo “vazio” e pela transparência, sem que, no corpo a corpo, a imponência seja perdida.

Vergalhões retorcidos que, na sua textura de oxidação, abraça e reverencia o espaço. Módulos circulares que se repetem em contínuos encaixes dos quebra-cabeças. A escultura não termina em si mesma. Fica sempre a sensação de que os módulos poderiam romper com a noção de finito. Repetirem-se infinitamente, num virtual jogo que ultrapasse as fronteiras do espaço.
Walter Sebastião
1994